domingo, 12 de janeiro de 2014

NÃO SOU DAQUI


Ainda me perco nesta cidade.

Um caminhar descalço, que ferem os pés da alma!

Não me acostumo com esses monstros

cheios de gente, iluminados, imponentes.

Sou das montanhas de Minas, lá ficou

morando minha infância, depois que vim

para cá: Correndo nos terreiros, subindo

os mangueirais; driblando as carreiras

de café.

Lá ficaram minhas despreocupações,

no colo de minha avó, no banco da cozinha.

Aqui tem gente demais, tem pedras demais,

corremos demais, buscamos demais, e

nos perdemos.

(MENÇÃO HONROSA PELA SECRETARIA DE CULTURA DE COLATINA/ES.PUBLICADA EM ANTOLOGIA 2008)

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