A
solidão é inquilina tão antiga, que no costume de vê-la por perto, parece que
não estou só.
O
silêncio, hospedeiro de minh’alma, anda querendo falar:
Testemunha
oculta nas batalhas que travo, aqui, dentro de mim, todos os dias.
Anda
querendo contar quantas vezes morro. E, morro tantas vezes, e renasço, que
começo a achar que sou eterna.
Começo
a pensar que inferno e céu moram dentro da gente, e que inferno não é
necessariamente um lugar tão quente, porque sinto minha alma tão fria!
Esses
momentos de céu são tão poucos, que aos poucos, aprendo a viver no escuro,
tateando lembranças, alimentando minha saudade.
Ando,
faz tempo, falando comigo mesma, e quando respondo, não ouço...
No
calabouço da solidão minha voz não se faz ouvir.
Sigo
nas lutas que amealho, e não há atalho para a vitória.
A
luta inglória parece escrever o meu destino.
Qualquer hora dessas lanço
mão dessa espada, e numa só cravada, abro mão da minha história.
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